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Declaração dos Partidos Comunistas e Operários sobre o Cazaquistão:Sobre a valiosa experiência das grandes greves e manifestações da classe trabalhadora e do povo do Cazaquistão

Date:
jan. 18, 2022
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1. No início de 2022, o Cazaquistão, ex-República Soviética da Ásia Central, foi abalada pelas mobilizações de massa de trabalhadores e populares, cuja causa está nos problemas econômicos, sociais e políticos aguçados enfrentados pelos trabalhadores devido à restauração da capitalismo no país, 30 anos após a contrarrevolução e a dissolução da URSS, quando o poder e os meios de produção passaram para as mãos do capital e os monopólios multinacionais passaram a controlar grande parte do setor de mineração da economia.

 

2. Os Partidos Comunistas e Operários que assinam esta Declaração Conjunta expressamos nossa solidariedade às justas reivindicações econômicas e políticas dos manifestantes, que exigem aumentos de salários e pensões, redução do preço dos combustíveis, redução da idade de aposentadoria, anulação dos efeitos das privatizações, medidas de apoio aos desempregados, liberdades e direitos sindicais e políticos. Saudamos particularmente os trabalhadores industriais do Cazaquistão Ocidental, que foram o coração desta mobilização popular em massa.

 

3. As forças burguesas tentaram aproveitar as mobilizações em Alma-Ata e no Sul do Cazaquistão, no quadro da sua luta pelo poder em prol da “distribuição do bolo” do seu poder econômico e político.

 

4. A inaceitável intervenção militar russa através da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), liderada pela Rússia, foi utilizada para evitar o choque do poder burguês em condições de acirramento da competição imperialista na região crucial da Ásia Central, que é campo de uma feroz luta pelo poder entre grandes monopólios e estados capitalistas, como os EUA.

 

5. A presença das forças da CSTO facilitou a repressão das mobilizações populares pelo Estado burguês. Os acontecimentos demonstram o caráter de classe dos blocos transnacionais, que, como a UE e a OTAN, são formados com base no capitalismo e assumem a tarefa primordial de salvaguardar o poder burguês em cada país e o sistema em geral para continuar a exploração de classe dos trabalhadores. A existência e atividade desses blocos, como indicado pelo recente caso do Cazaquistão, é antipopular e deve ser condenada.

 

6. Em relação aos esforços das forças imperialistas que visam explorar tais mobilizações operárias para seus próprios interesses e produzir revoluções coloridas, nossos partidos enfatizam que essas intervenções podem ser recusadas, sem estigmatizar todo tipo de mobilização popular, mas defendendo a independência de luta da classe trabalhadora e rejeitando qualquer envolvimento político-ideológico-organizacional com qualquer poder regional ou internacional. O movimento comunista internacional não pode buscar um amigo dentro do mundo imperialista nem pode adiar a luta de classes usando o equilíbrio internacional de forças como pretexto. Por outro lado, é dever do movimento comunista salvaguardar as mobilizações sociais dos planos dos governos burgueses e dos antagonismos interburgueses e estar vigilante nesta matéria.

 

7. Os eventos no Cazaquistão enfatizam a necessidade de Partidos Comunistas fortes em todos os países, com um programa revolucionário e estreitos laços com a classe trabalhadora, capaz de reunir e mobilizar as forças operárias e populares contra o capitalismo e os monopólios para que a luta popular seja eficaz e ilumine o caminho do socialismo, que é a única solução alternativa à barbárie capitalista.

 

8. Os acontecimentos no Cazaquistão e em outros países, onde o poder burguês reprimiu à força as mobilizações populares, demonstram mais uma vez a grande importância da solidariedade internacional dos trabalhadores e a atualidade da consigna: “Proletários de todos os países, uni-vos!”.

 

  • Communist Party of Albania
  • Party of Labour of Austria
  • Communist Party of Azerbaijan
  • Democratic Progressive Tribune- Bahrain
  • Communist Party of Bangladesh
  • Communist Party of Belgium
  • Brazilian Communist Party
  • Communist Party in Denmark
  • Communist Party of El Salvador
  • Communist Party of Finland
  • Communist Revolutionary Party of France (PCRF)
  • Pole of Communist Revival in France (PRCF)
  • Unified Communist Party of Georgia
  • Communist Party of Germany (KPD)
  • Communist Party of Greece
  • Communist Party of Kurdistan Iraq
  • Workers Party of Ireland
  • Communist Front (Italy)
  • Jordanian Communist Party
  • Socialist Movement of Kazakhstan
  • Socialist Party of Latvia
  • Communist Party of Mexico
  • New Communist Party of the Netherlands
  • Communist Party of Norway
  • Communist Party of Pakistan
  • Paraguayan Communist Party
  • Peruvian Communist Party
  • Philippines Communist Party [PKP 1930]
  • Russian Communist Workers' Party
  • Communist Party of the Soviet Union
  • Communist Party of the Workers' of Spain
  • Communist Party of Sweden
  • Swiss Communist Party
  • Communist Party of Turkey
  • Communist Party of Ukraine
  • Union of Communists of Ukraine
  • Communist Party of Venezuela
  •  

    The statement is open for further subscriptions

     

     

     

    18.01.2022